domingo, 6 de novembro de 2011

Cinegrafista da Band é baleado e morre em operação policial no Rio

Vítima fazia cobertura jornalística da incursão que a PM realizou na Favela de Antares


Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo
Policiais militares realizam buscas na Favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio
Um cinegrafista da TV Bandeirantes morreu na manhã deste domingo (6) após ser baleado durante um tiroteio entre policiais militares e traficantes na Favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Gelson Domingos da Silva, de 46 anos, fazia a cobertura jornalística da operação que os batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope) realizaram na comunidade, quando foi atingido por um tiro no peito.
Foto: Reprodução Facebook
Gelson Domingos fazia a cobertura jornalística da operação policial quando foi baleado
A vítima ainda foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Santa Cruz, mas não resistiu ao ferimento e já chegou morta ao local. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o corpo do cinegrafista foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Em nota, a TV Bandeirantes informou que Gelson estava com colete à prova de balas, um modelo permitido pelas Forças Armadas, usado pelos profissionais da emissora em situações de risco. O cinegrafista, no entanto, foi atingido por um tiro de fuzil que atravessou o colete.
Segundo repórteres que estavam no local, antes de ser baleado Gelson avistou um homem correndo com um fuzil na localidade conhecida como rua do Valão. Ele procurou proteção junto a uma árvore, começou a gravar, mas foi atingido por um disparo. O cinegrafista deixa três filhos, dois netos e esposa. "Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia", informa a nota divulgada pela Band.
A incursão na Favela de Antares teve início por volta das 6h30 e contou com a participação de 100 PMs. Segundo a Polícia Militar, o objetivo da ação era checar informações recebidas pelas áreas de Inteligência do Bope e do Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local. Quatro suspeitos foram mortos e outros oito foram presos, entre eles, o "gerente" do tráfico na região, Renato José Soares, conhecido como "BBC", e seu braço-direito, Leandro Ferreira de Araújo, vulgo "China".

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