sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FOTOS REVOLTANTES DO ATAQUE À COMBOIO DA POLÍCIA FEDERAL MEXICANA.

Sim, foi um massacre, dizem testemunhas, quando contam que o comboio formado por cerca de 40 agentes da Polícia Federal foi emboscado por um grupo de supostos narcotraficantes no município de Zitácuaro, localizado a aproximadamente 146 quilômetros da capital mexicana. O saldo oficial: 12 policiais mortos e pelo menos 15 feridos, dos quais sete em estado grave. Vários dos agressores perderam a vida e outros ficaram feridos, mas foram retirados por seus cúmplices, relatou a Secretaria de Segurança Pública federal (SSP).

Por volta das 8:15 de segunda-feira, em um trecho da estrada que liga Zitácuaro e Toluca, estado de México, conhecido como Língua de Vaca, os agentes federais trafegavam em dois grupos, distribuídos em oito veículos com seis agentes a bordo de cada um. No meio deste trecho, supostos integrantes do grupo criminoso conhecido como a Família Michoacana fecharam a frente dos carros da polícia com dois veículos pesados: um ônibus turístico e outro usado para o transporte público coletivo. Nesta armadilha, 10 agentes policiais foram abatidos quase que instantaneamente, perfurados pela chuva de balas que saíram de dezenas de metralhadoras AK-47 e AR-15. Do jeito que puderam, alguns policiais responderam aos tiros e empreenderam a fuga. No entanto, dois quilômetros adiante, na mesma estrada e nas imediações de um prédio do Colégio Nacional de Educação Profissional Técnica (Conalep), os bandidos os alcançaram e voltaram a descarregar suas armas.

O caos e a morte se apoderaram da zona. Passaram-se cerca de 30 minutos para que a polícia e os serviços de emergência municipais chegassem em busca de algum sobrevivente. Por volta das 10 horas da manhã, soldados da 21ª Zona Militar resguardaram a cena do crime e fecharam os acessos e saídas do município. Autoridades e funcionários municipais de Zitácuaro sustentam a hipótese de que o ataque pode ter sido uma reação do crime organizado pela série de apreensões de armas e drogas que a Polícia Federal realizou no final de semana passado.


Em um comunicado, a Secretaria de Segurança Pública federal informou que o comboio de agentes acabava de sair do município de Hidalgo, onde havia cumprido uma missão de proteção social e que seu destino era a capital do país. Assinalou que, durante a agressão, policiais federais repeliram o ataque e que, em conseqüência, vários agressores perderam a vida e outros ficaram feridos; os mortos e feridos do grupo de pessoas armadas foram retirados do local por seus cúmplices. A Secretaria reconheceu a morte de 12 agentes federais. Fontes hospitalares e autoridades de Michoacán disseram, porém, que dois dos onze agentes feridos transportados para o hospital Adolfo López Mateos de Toluca, morreram no caminho. Após receber os primeiros socorros neste hospital, seis policiais federais, em estado grave, foram transportados de helicóptero para o Hospital Ángeles del Pedregal, no Distrito Federal. Fontes da SSP federal indicaram que pelo menos 15 agentes da Polícia Federal ficaram feridos, a maioria por tiros. Alguns foram transportados para um hospital de Morelia.


A polícia municipal de Maravatío relatou a morte de um sujeito encapuzado que, por volta das 14 horas, foi abandonado por ocupantes de uma camionete preta em frente à porta principal do hospital Balbuena. A equipe do hospital tentou socorre-lo, mas ele faleceu com sete feridas de bala no abdômen. Presume-se que este tenha sido um dos pistoleiros do massacre de Língua de Vaca.


Por sua parte, o porta-voz da Procuradoria Geral da República, Ricardo Nájera, informou que esse órgão assumiu a investigação sobre o ataque aos policiais federais. Informou também que o Ministério Público federal com sede em Michoacán iniciou uma investigação prévia pelos delitos de homicídio e violação da Lei Federal de Armas e Explosivos. A Secretaria de Governo manifestou sua mais enérgica condenação pelo ataque perpetrado em Zitácuaro.


Em um comunicado de dois parágrafos diz que os policiais foram covardemente agredidos logo após cumprir uma missão de proteção social em distintos municípios de Michoacán. Também enviou pêsames aos familiares dos falecidos e reiterou que fará uso de todos os meios legais para castigar aqueles que, mediante a violência, atentem contra a vida e a integridade dos membros da sociedade ou dos próprios agentes públicos.
Além disso, rechaçou os atos de barbárie praticados pelas organizações criminais em suas lutas internas, contra outras quadrilhas e contra os agentes do governo, e ratificou seu firme compromisso com o império da lei, assim como com a segurança e a tranqüilidade de todos os mexicanos.












Colaborador: Capitão Gerardo

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